UM DIA PARA OS PAISO que dizer de um dia somente para comemorar a figura paterna? Para além do consumismo puro e simples, no qual segundo o noticiário jornalístico da TV, é a terceira melhor data, só perdendo em lucros e vendas para o dia das mães e o natal, o dia dos pais merece sim uma comemoração, afinal os pais do mundo moderno participam muito mais da vida dos seus filhos.
O mundo trouxe uma evolução no papel de pai: o homem duro, sério, que impunha respeito e obediência à mulher e aos filhos e que deixava a educação a cargo da mãe, foi aos poucos sendo moldado para um sujeito mais humano e participativo. O pai de hoje quer ser muito mais presente na vida dos filhos. É um pai que ajuda a trocar fraldas, que coloca o seu bebê pra dormir, que o leva a escola, que acompanha mãe e o filho ao médico, enfim é um pai na verdadeira concepção da palavra. Apesar desse comportamento não ser uma regra geral, porque alguns ainda guardam consigo, via educação social, resquícios do autoritarismo da figura paterna de algum tempo atrás, a verdade que se constata no dia a dia é que os homens estão se deixando envolver mais pela aura amorosa e altruísta que é cuidar e zelar pelo bem estar de uma criança acompanhando seu crescimento e orientando pela vida afora. Aos que perderam seus pais, aos que crescerem sem pai, aos que não conheceram seus pais e aos que não foram reconhecidos pelos pais, resta o consolo de saber que muito mais do que o pai biológico, pai verdadeiramente é o que cria, aquele que assume, que dá o nome, que se orgulha do filho que tem, aquele que ensina, que ama e transforma a vida do filho. É também aquele que se preocupa, que rir e chora junto e que está sempre ao lado, orientando e ensinando as primeiras experiências de vida. Independente do fator consumista, ou mesmo do crescimento evolutivo do papel de pai, devemos sim comemorar esse e todos os outros dia dos pais que virão, afinal eles estão fazendo por merecer. Aos filhos, que tratem com carinho os seus pais, que possam desfrutar dos seus ensinamentos e da sua companhia até a velhice de ambos. E que possamos ver a cada dia uma evolução ainda maior nesse importante papel social da família brasileira. |
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