A prática docente sofre variações de acordo com o tempo e espaço em que as mesmas são desenvolvidas. As opções metodológicas e organizacionais do trabalho nem sempre são determinadas por uma regra interna da instituição a qual o professor faz parte. Desta forma, a prática de ensino é de fato constituída de variáveis sociais e individuais.
No entanto, o trabalho pedagógico, segundo Tardiff (2005) nem é totalmente autônomo, nem totalmente condicionado, pois embora a burocratização da escola e das atividades atribuídas ao professor seja uma constante, em sala de aula (classe) existe um momento em que o professor e o aluno interagem num ambiente “solitário”.
Ao tratarmos dos condicionantes da prática docente não podemos ignorar que o professor “é um agente social, mas também um agente cultural [...] e ao mesmo tempo em que contribui para a reprodução cultural, transmiti saberes, instrui, educa, forma. Não se pode socializar sem que disso, ao mesmo tempo, resulte certa forma do homem e do sujeito” Charlot (2005, p. 82).
Ser professor reúne um conjunto de características construídas desde a formação inicial até a formação acadêmica. O professor é antes de tudo um ser histórico que tem ideais e conceitos de mundo. De modo que suas particularidades aparecem e transformam a instituição da qual faz parte.