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Pe. Joaquim Dantas
(Pároco de Malhador em 2012)


Entrevista concedida em 28 de março de 2012
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1- Quem era o jovem Joaquim, antes da conversão interior? (Cleber Santos)
Pe. Joaquim: Cara, fui um jovem normal, estudava e brincava como toda criança, quando jovem estudava quase na marra, mas acordei a tempo, namorei, fui um jovem normal e feliz, agora sou um padre normal e feliz. A conversão interior continua, tem de se viver a cada instante. Temos sempre algo para perdoar e ser perdoado, corrigir e ser corrigido

2 - Como nasceu sua vocação para o Sacerdócio? (Cleber Santos)
Pe. Joaquim: A minha vocação para o sacerdócio começou quando o bairro Grageru, em Aracaju, era ainda capela do bairro São José, antes de 1983, quando para lá iam os missionários franciscanos pregar missão, e ao ver aqueles senhores com o hábito (vestimentos) franciscano, era como se chamava a atenção dos meus olhos, deve ser por isso que sou devoto de São Francisco.

3 - Quando o senhor decidiu ser padre?​​ (Allane Reis)
Pe. Joaquim: Desde os treze anos de idade, 1983, comecei a participar dos encontros vocacionais no seminário menor em Aracaju, justamente nesse tempo também comecei a ser coroinha, ou seja, ajudante das missas, então, esses encontros continuaram até o ano de 1987, no ano seguinte, 1988, entrei pela primeira vez no seminário menor em Aracaju, é justamente nesse ano que decidi ser padre, em 1988, com dezoito anos, é evidente que essa decisão foi amadurecida e se tornou mais consciente.

4 - Como foi seu período de formação no seminário? Qual a maior dificuldade enfrentada nesse tempo de formação? (Camilo Bruno)
Pe. Joaquim: A minha formação, como escrevi na resposta anterior, começou no ano de 1988, mas por problemas de saúde (pele) tive que sair do seminário, voltei em 1994, ou seja, de 1989 a 1993 estive fora do seminário estudando e vivendo “normalmente”, em 1994 voltei para o seminário menor e em 1995 iniciei o curso de filosofia em Aracaju concluído em 1987, em 1999 iniciei os estudos de teologia em Brasília e conclui em 2002, em 2004 foi ordenado padre em Aracaju.Nesse tempo de formação a minha maior dificuldade foi de relacionamento, conviver com pessoas, colegas seminaristas, de região e cultura diferente, mas nada que tirasse minha paz!

5 - Quanto ao Centro Social São José tem planos, projetos, metas ou objetivos a serem cumpridos? Tem algum projeto social q visa beneficiar a população carente de nossa comunidade? (Ciço Reis)
Pe. Joaquim: O Centro Social São José tem uma diretoria que responde por ele, e seus projetos em favor da comunidade carente, são poucos, porque estamos reestruturando tal centro em virtudes de problemas administrativos.

6 - Quando aqui chegou, quais as dificuldades encontradas? Como a população de Malhador o recebeu? (Camilo Bruno)
Pe. Joaquim: Eu cheguei aqui nessa terra malhadorense no dia 28 de janeiro de 2007, padre ainda jovem e de certa forma inexperiente, vim da minha primeira paróquia, a do MOSQUEIRO em Aracaju e para cá vim feliz e graças a Deus o povo de Malhador me recebeu e me acolhe muito bem, sentirei saudade de muita gente daqui quando “o dia” chegar.

7 - Quais as maiores dificuldades em ser pároco em uma cidade como Malhador?​ (Paula Oliveira / Willen Reis)
Pe. Joaquim: As dificuldades que tive ou tenho, talvez outros padres não as tenham, mas as minhas, ou melhor, uma das foi a quantidade de comunidades, encontrar tempo e forma de acompanhar a todas.

8 - Qual o fato que mais marcou o senhor nessa estada em Malhador? E por quê? (Nanny Araújo)
Pe. Joaquim: São vários, mas fico com o fato da política: parece que em nossa cidade no período eleitoral os valores mudam, a vida toma uma direção imprevisível, te digo que, nesse tempo em Malhador, tudo pode acontecer.

9 - O tema da festa de São José desse ano foi “O povo em busca de saúde e paz, ide a São José”, o porquê desse tema?​​ (Nanny Araújo)
Pe. Joaquim: O tema da Festa de São José de 2012 partiu do tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano Fraternidade e Saúde Pública, e o lema “Que a saúde se difunda sobre a Terra (cf. Eclo 38,8), então, a tema saúde é necessidade de todos nós e achamos por bem seguir a proposta da campanha da fraternidade, ficando “o povo em busca de saúde e paz, ide a São José!”.

10 - Qual a posição da igreja com relação à cremação? (Allane Reis)
Pe. Joaquim: No Catecismo da Igreja Católica nº 2301 diz “A igreja permite a cremação, se esta não manifestar uma posição contrária à fé na ressurreição dos corpos”, ou seja, não há nenhum impedimento à cremação se a pessoa crê na vida eterna, na ressurreição, como também se deve dá o devido respeito aos fiéis defuntos com um “enterro” digno, porque um dia ressuscitaremos e viveremos na eternidade com Deus ou sem.

11 - A Páscoa está chegando e qual o verdadeiro significado? E por que o ovo de páscoa é um "símbolo"? (Ciço Reis)
Pe. Joaquim: A Páscoa é a vida nova que recebemos de Cristo Ressuscitado, Ele morreu por nós para nos salvar da escravidão do pecado nos dando com isso uma vida nova vivida na verdade, no amor e na caridade, nos tornamos novos homens, novas mulheres em Cristo Jesus. O comércio coloca o ovo da páscoa para significar, erroneamente essa vida nova, o que quer realmente é vender chocolate.

12 - Por que comungamos só o corpo de Jesus e o padre e o diácono comunga o corpo e o sangue? Por que os fiéis não podem comungar nas duas espécies? (Allane Reis)
Pe. Joaquim: A Eucaristia é a presença Viva de Jesus Cristo em nosso meio, ele nos disse “esse é meu corpo... esse é meu sangue”, não existe corpo vivo sem sangue, Cristo está vivo na Eucaristia, logo quando se comunga a hóstia consagrada em si comunga do sangue também. As diferentes espécies corpo (pão) e sangue (vinho), delas qualquer pessoa pode comungar desde que esteja em estado de Graça, sem pecado, a distribuição não é feita para todos por uma simples preocupação do tempo da missa, sem a tornar muito demorada, mas eu mesmo já distribui em várias missas as duas espécies, o mais importante é como nos apresentamos para a comunhão eucarística.

13 - Qual a hora certa para se comungar? quem mora junto e não é casado pode se comungar? E quem não é mais casado, é preciso uma confissão antes? (Emanuelle Nascimento)
Pe. Joaquim: A hora certa de comungar é toda missa que participar dignamente, ou seja, está sem pecado mortal (grave), quem mora junto simplesmente, ou seja já foi casado na IGREJA e hoje vive com outra pessoa está pecando contra o sexto mandamento, não pecar contra a castidade, pecado mortal (grave) que é impedimento de comungar, se mesmo assim comungo, como nos ensina São Paulo, comungo minha própria condenação. A confissão é necessária para todo cristão, ao menos no período da páscoa, eu me confesso uma vez no mês.

14 - Por que foi escolhida a cruz como símbolo, uma vez que a cruz representa algo negativo quanto a Jesus (sua morte)? (Allane Reis)
Pe. Joaquim: A cruz em si realmente é algo triste, pena, morte. Agora em Cristo a cruz tem um novo significado – caminho de salvação, caminho de ressurreição, caminho de vitória, caminho esse percorrido por Jesus Cristo para nos salvar.

15 - Qual a real importância de ir à missa religiosamente todos os domingos? É possível ser um bom cristão sem necessariamente ter o compromisso de ir à missa? (Ivalda Maria)
Pe. Joaquim: A missa é muito importante, digo indispensável para a vivência da fé, nela a própria fé á alimentada e fortalecida, na missa temos o encontro com a eucaristia e com o povo de Deus, comunidade. Agora, a missa nos leva a uma vida sadia na sociedade, viver em comunhão e fraternidade, respeitar as pessoas, ajudar o necessitado... o cristão consciente não vive sem missa, porque não pode viver sem eucaristia.

16 - Segundo o Ministério da Saúde, o quantitativo de pessoas infectadas pelo vírus da AIDS está crescendo a cada dia. E esse número tem aumentado em jovens com idade entre os 13 e 18 anos, o que levou a mídia e o poder público a intensificar as campanhas de conscientização sobre o uso da camisinha. No entanto, a igreja católica, mesmo percebendo que as experiências sexuais estão sendo iniciadas cada vez mais cedo, não apenas após o casamento, se posiciona contra o uso da camisinha como forma de proteção, pois entende que sexo só pode ser praticado no casamento. Qual a sua posição frente a essa questão? (Diougo Rafael)
Pe. joaquim: Sou ciente do avanço cada vez maior do HIV, pessoalmente vejo que não é simplesmente distribuir camisinha que iremos combater, se fosse assim o HIV já teria desaparecido, são milhões de investimentos, são milhões de camisinhas distribuídas seja no carnaval ou em outras festas, e se percebe que a AIDS aumenta ainda mais, como também a quantidade de mulheres e meninas grávidas, então o que precisa é duma reeducação a partir da família, os pais realmente se tornem responsáveis pelos filhos, e os filhos vivam a  obediência aos pais, principalmente nossos Jovens, antes do ato sexual, se tornem conscientes e responsáveis, não vejam o sexo simplesmente como uma necessidade fisiológica e sim, também, um ato de responsabilidade e compromisso, abençoado até por DEUS. A camisinha vem depois da consciência e da responsabilidade.

17 - Ter uma família é tão bonito, tão amoroso, os padres pregam tanto sobre isso. Por que padre não pode casar? Por que não namorar se o importante é pregar a palavra de deus? o maior exemplo são os pastores de igrejas evangélicas. (Ciço Reis)
Pe. Joaquim: Nós padres temos a nossa família, vocês todos. Nós não casamos para servir mais e melhor a Deus, somos convidados e preparados para viver o celibato (celibato clericalis) como uma opção de vida, essa opção de vida surgiu desde os anos 200 da era cristã que depois tornou uma ordem da igreja, essa ordem (lei) um dia pode desaparecer, agora o celibato tem suas razões-origens bíblica, eclesiológica e cristológica, fico apenas com a cristológica, ou seja, Jesus Cristo não se casou, o padre não casa também para se assemelhar a Cristo também na castidade. Os pastores evangélicos casam porque simplesmente não vêm o celibato como um valor, eu não os vejo como exemplo com relação ao celibato, o maior exemplo é o próprio CRISTO.

18 - A Proclamação da República do Brasil em 1889 institucionalizou a Laicização (ato de tornar leigo) do estado. A partir desse momento da história brasileira, as questões e influências religiosas (católica) foram separadas do  estado. Entretanto, percebemos que em alguns municípios, a exemplo de Malhador, alguns padres se envolvem em diretamente com a política. Qual a sua visão frente à aproximação de lideres religioso (padres) com a política partidária? (Diougo Rafael) 
Pe. Joaquim: Acho que você misturou as coisas, uma coisa é a laicização do estado, outra coisa é a candidatura de padres aos cargos políticos. Eu particularmente não tenho a mínima condição humano-afetiva-espiritual-acadêmica para ser político partidário nem tão pouco ser candidato a cargos públicos, minha vocação é ser padre, cada um é livre para fazer sua escolha e o povo é mais livre ainda em votar em quem quiser.

19 - A religião católica sempre deteve a maior porcentagem de fieis no brasil. Entretanto, ao longo dos últimos anos, percebemos um crescimento e maior adesão social às religiões denominadas 'evangélicas'. Na sua análise, a que se deve esse declínio da igreja católica e ascensão das religiões 'evangélicas'  frente à conquista e manutenção do quantitativo de fieis? (Diougo Rafael) 
Pe. Joaquim: Pois é um dia éramos bem mais católicos, nunca mostrava sermos conscientes, que este aumento dos evangélicos nos traga consciência do que somos e qualidade ao nosso número. O católico consciente jamais abandona a sua fé.

20 - Como surgiu o amor pelo flamengo? (Flavio Elias - Sopa)
Pe. Joaquim: Meu amor pelo Flamengo começou em 1981, quando tinha onze anos de idade, como também o gostar da Fórmula 1, e o carinho pelo Confiança, ano esse que o Flamengo foi campeão mundial, Nelson Piquet foi campeão de Formula 1, e vi o Confiança jogar no Batistão pela primeira vez com meu pai.

21 - A identidade e a memória de uma comunidade pode ser preservada através do seu patrimônio cultural material e imaterial. O nosso município carece de políticas públicas sólidas nessa área. A paróquia de malhador tinha um histórico de lutar pela preservação da nossa memória material da nossa comunidade. O exemplo maior desse trabalho foi o saudoso padre Antonio Rezende, que criou o Museu São José. No entanto, o padre Raimundo cometeu o crime de “livra-se” das peças do nosso museu sem consultar a comunidade, às escondidas pela madrugada. Qual a sua leitura do ato praticado pelo padre Raimundo para com o museu? E, a paróquia de Malhador ainda sonha em reaver as peças? (Diougo Rafael)
Pe. Joaquim: O que o Pe. Raimundo fez com as relíquias do nosso museu foi lamentável, sei que tais relíquias estão em Laranjeiras. Podemos ter um local decente para essas relíquias e reavê-las sim.

22 - Qual a mensagem que gostaria de deixar para a população malhadorense? (Cleber Santos)
Pe. Joaquim: Agradeço de coração a oportunidade que tive para informar, orientar e formar. Obrigado mesmo a todos e especialmente ao KBça.
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